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Campo Grande, sábado, 09 de dezembro de 2023.

Caminhada da Paz leva multidão às ruas do Assentamento Dom Antônio Barbosa e Parque do Sol

Por Gilson Giordano em 03/08/2018 às 17:46

Vestidos de branco, prefeito Marquinhos Trad e vice-prefeita Adriane Lopes seguiram à frente ostentando o cartaz com o significado da ação (Foto: Divulgação)

Paz, amor e esperança! Adjetivos que tem muito significado, principalmente para os moradores dos bairros do Parque do Sol e Dom Antônio Barbosa que num passado recente, acompanharam batalhas campais protagonizadas pelos jovens que em forma de gangues, causam problemas nas referidas comunidades sendo que em um dos encontros entre os rivais, acabou resultando na morte de um jovem, quando este servia o Exército Brasileiro.

Diante dessa convivência sem paz e que a cada dia registrava brigas com saldos alarmantes, Cleia Larsen, idealizadora do projeto Caminhada da Paz, contou como tudo começou e segundo ela, a iniciativa teve início como forma de protesto quando resolveram trabalhar vestidos de branco por vários dias. “Foi então que começou a parceria com a Prefeitura, com o apoio da SAS. Convidamos a comunidade escolar da escola Padre Tomaz Girardelli, o Cecapro com os idosos, o posto de saúde, os Ceinfs do Lageado, do Los Angeles e do Aero Rancho para a nossa primeira Caminhada pela Paz pelo bairro. Saímos com faixas e bandeiras brancas”, disse Cleia Larsen. A partir desta data, a caminhada passou a fazer parte da programação do aniversário de Campo Grande.

E nessa sexta-feira (3), a Caminhada da Paz tomou conta das ruas por onde centenas de pessoas empunharam faixas, cartazes e bandeiras, percorreram as ruas do Loteamento Municipal Dom Antônio Barbosa, localizado no bairro Lageado, na região do Anhanduizinho pela manhã, pregando a paz e proclamando a união entre todos. Essa foi a 13ª edição da Caminhada da Paz, que reuniu a população da região, além de entidades governamentais e não governamentais que, ao lado do prefeito Marquinhos Trad e da vice-prefeita Adriane Lopes, deram-se as mãos para chamar atenção da comunidade sobre a importância da convivência em harmonia.

Sob os acordes da Banda Marcial do Instituto Mirim e da Banda da Guarda Municipal que no trajeto executaram várias canções e no encerramento a execução do Hino Nacional e do Hino de Campo Grande, a Caminhada da Paz, organizada pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS), teve início às 7h30 com a concentração em frente ao Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) Rosa Adri.

O prefeito aproveitou o evento para ressaltar que, embora esse ato coletivo tenha sido provocado pela onda de violência no bairro –  que nos últimos anos teve uma significativa redução, essa união fortalece a harmonia da comunidade. “Este é um momento de reflexão e um ato de amor ao próximo. Novamente estamos aqui, de mãos dadas com os moradores das comunidades dessa região, para reafirmar a toda Campo Grande aqui existem seres humanos e irmãos dispostos a construir uma sociedade melhor e sem violência”.

A vice-prefeita Adriane Lopes falou dos resultados atingidos a partir da Caminhada pela Paz. “Esse gesto coletivo mobilizou por todos esses anos a todos os moradores do entorno e os servidores que trabalham no entorno, provocando ações efetivas do poder público na prevenção da violência. O quadro da violência e criminalidade tem reduzido significativamente a partir das políticas públicas implementadas pela atual gestão, que se preocupa com as pessoas, e hoje estamos aqui, juntos nessa luta, para promover a paz não apenas na região do Dom Antônio, mas por toda a Campo Grande”, enfatizou Adriane.

O secretário Municipal de Assistência Social, José Mario Antunes da Silva, lembrou que a Caminhada pela Paz é um dos pontos altos das festividades dos 119 anos de Campo Grande. “É um ato importante essa caminhada, no sentido de fortalecer as famílias e mostrar que o respeito ao próximo é essencial. Precisamos nos unir para semearmos  a paz nas ruas da nossa cidade, já que é esse o desejo de todos nós, que vivemos e amamos Campo Grande”, frisou o titular da SAS.

Para a dona de casa Elza Silva de Rosário, 58 anos, embora a onda de violência na região tenha reduzido significativamente, é preciso que ações como a ‘Caminhada’, que alerta para essa problemática, tenham continuidade. “A gente não pode desanimar. Não é porque diminuiu a violência que a gente deve parar de discutir esse tema. Se reduziu foi porque houve reação da comunidade. Essa caminhada mobiliza todo mundo, tanto que até os comerciantes fecham as portas de seus estabelecimentos para participar”, relatou a dona de casa, que mora no Bairro do Antônio desde que o mesmo foi criado.

A dona Jalmira Lopes da Silva, que mora no Bairro Lageado, disse que participa todos os anos desse ato para mostrar às pessoas que sem a união não é possível haver solução. “Se não estivermos juntos para proclamar o fim da violência, esses resultados demoram em surgir. O povo unido tem mais força e voz. Desta maneira estamos conseguindo cada vez mais mobilizar o poder público para dar atenção especial para os bairros da região periférica da cidade. Se apenas a comunidade se unindo consegue afetar positivamente para um bem maior, com a ajuda da sociedade conseguiremos chegar mais longe”, afirmou.

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